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Apenas 4,9% dos casos de incontinência urinária são diagnosticados pelo médico

Três dias antes da celebração do Dia da Incontinência Urinária, a Associação Portuguesa de Urologia (APU) e a Associação Portuguesa de Neuro-Urologia e Uro-Ginecologia (APNUG), vão realizar amanhã, dia 11 de Março, às 15h00, na sede da APU, uma conferência de apresentação dos resultados de um estudo epidemiológico.

Este estudo revela que a prevalência da incontinência urinária diagnosticada pelo médico é de apenas 4,9%, num universo de 31,4% de doentes. O encontro servirá também para lançar a primeira Associação dos Doentes com Disfunção da Bexiga (ADDB) em Portugal.


Vergonha dos doentes

Os resultados do estudo epidemiológico, desenvolvido pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, espelham o constrangimento e vergonha dos doentes em procurar ajuda médica. É com vista a alterar esse comportamento que nasce a ADDB, uma instituição que pretende apoiar todos aqueles que vivem condicionados pela incontinência urinária, uma doença escondida pela maioria das pessoas que dela sofrem.

A associação terá como objectivo informar e educar os doentes sobre os tratamentos possíveis e também alertar as entidades governamentais para os problemas da disfunção da bexiga, nomeadamente a incontinência urinária, que segundo os especialistas, tem custos para a sociedade mais elevados que o programa de transplantação.


Vários intervenientes

A conferência de imprensa vai contar com a presença de Francisco Rolo, Presidente da APU; Paulo Dinis, Presidente da APNUG; Real Dias, Presidente do Colégio de Urologia da Ordem dos Médicos; Dr. João Nunes Abreu, Assessor do gabinete da Ministra da Súde; Maria da Luz Sequeira, Vice-Presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF); Lígia Almeida, impulsionadora da primeira Associação dos Doentes com Disfunção da Bexiga; alguns doentes que farão parte da associação, entre outros intervenientes.