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Artigo de Saúde Pública®

Nº 85 / Novembro de 2009






20 Cancro colorrectal: Um dia = 14 novos casos e 8 mortes
- Dr. Sérgio Barroso
O cancro digestivo constitui um problema de Saúde Pública. É um dos principais segmentos da Oncologia, apresentando mesmo o maior número de casos. O mais frequente é o colorrectal, assumindo anualmente mais de 5 mil casos – dos quais resultam 3 mil mortes –, logo seguido do cancro gástrico, com cerca de 4 mil casos detectados todos os anos.


O cancro digestivo, no seu conjunto, envolve esófago, estômago, fígado, pâncreas, cólon e recto e é, na vertente oncológica, a primeira causa de morte a nível mundial, sendo que o colorrectal representa cerca de 50% dos casos.

Segundo o Dr. Sérgio Barroso, médico oncologista do Hospital de Évora, «os factores que estão na origem destas patologias são múltiplos. Vão desde os hábitos alimentares a estilos de vida, passando pelos agentes ambientais. Mas a genética é, cada vez mais, um factor de risco com peso acrescido».

Além disso, a idade também deve ser levada em linha de conta, pois «o cancro é uma patologia muito ligada ao envelhecimento, pelo que, com o aumento da esperança média de vida da população, aumenta o risco de cancro: a maior parte dos cancros colorrectal e digestivo ocorre acima dos 50 anos».

A ausência de sintomatologia é uma das principais dificuldades com que os médicos lidam no cancro digestivo, pois, tal como muitos outros, na sua fase inicial, é assintomático. E, esclarece Sérgio Barroso, «mesmo quando estes surgem, são muito gerais, sendo facilmente confundidos com muitas outras situações, o que leva à sua desvalorização».

Quando os doentes os começam a notar já a doença se encontra numa fase avançada. «Reside aqui a grande dificuldade do diagnóstico precoce. No caso do cancro colorrectal, temos de motivar e promover o rastreio, que utiliza exames capazes de identificar a doença numa fase inicial, ou, nalguns casos, lesões pré-malignas (pólipos). Isto é, o indivíduo ainda não tem cancro, mas apresenta algumas características que se irão desenvolver para cancro. Este rastreio deve ser feito à população em geral com mais de 50 anos, assegurando assim o tratamento precoce que, em muitos casos, passa por uma pequena intervenção cirúrgica – polipectomia.»

O sentimento de medo em relação aos tratamentos para o cancro – nomeadamente a quimioterapia – ainda está muito disseminado, fruto dos efeitos adversos, como casos de alopecia (perda de cabelo), vómitos ou enjoos. Mas, segundo o médico, «essa imagem de quimioterapia muito tóxica com efeitos secundários muito agressivos é uma imagem de há 10 ou 15 anos. Hoje em dia, a maioria dos regimes de quimioterapia é muito bem tolerada e não tem essa carga de efeitos adversos e, mesmo quando eles surgem, são com uma frequência e uma agressividade em nada comparáveis às situações que ainda povoam o imaginário das pessoas.

A quimioterapia actual é constituída por um conjunto de várias soluções, que são ajustadas à realidade e características de cada doente, à fase da doença e, em alguns casos, mesmo às preferências do doente, além de poderem ser coadjuvadas por terapêuticas que permitem minorar ou prevenir alguns desses efeitos adversos», remata.


5.º Simpósio Nacional sobre Cancro Digestivo

Decorreu, no Hotel S. Rafael, em Albufeira, a 5.ª edição do Simpósio Nacional sobre Cancro Digestivo, um evento que reuniu mais de 300 participantes, o que, segundo Sérgio Barroso, presidente do Simpósio, «representam mais de 90% da comunidade oncológica portuguesa».

Este simpósio é organizado, desde há 5 anos, com o patrocínio do Grupo de Estudos do Cancro Digestivo, acabando por ser «a principal reunião oncológica nacional que trata desta patologia e que tem resultado numa excelente oportunidade para avaliar e discutir tudo o que se faz, nesta vertente da oncologia, nas diferentes instituições e unidades por todo o país».

Deste modo, Sérgio Barroso acredita que se alcançam três objectivos: «melhorar o nível de conhecimentos e da formação dos profissionais da área, mas também promover a divulgação desta patologia, não só para os profissionais de saúde, mas também para a população em geral. Temos registado um crescimento contínuo em termos de divulgação e participação de colegas portugueses e estrangeiros e, consequentemente, temos observado que o impacto deste Simpósio tem vindo a ser cada vez maior».

Abordaram-se os temas principais da oncologia digestiva, com especial enfoque no cancro gástrico e colorrectal, não descurando outros cancros que, mesmo sendo mais raros, originam situações igualmente importantes.

«Não posso deixar de destacar a mesa de “investigação clínica”, que contou com a participação de alguns dos principais actores envolvidos nestes processo: médicos, administrações hospitalares, coordenação nacional para as doenças oncológicas e indústria farmacêutica. É importante que Portugal não seja diferente dos outros países, onde a investigação é uma prática clínica habitual. A investigação deve ser entendida como uma actividade básica e fundamental para a nossa prática clínica e em muito contribuiu para a evolução das terapêuticas e para a melhoria da qualidade de vida que podemos assegurar no tratamento destas doenças», defendeu, em jeito de conclusão.


Sinais e sintomas para estar alerta
Caso estes sintomas surjam e se mantenham por algum tempo, procure um profissional de saúde:
- Emagrecimento inexplicável
- Aparecimento de dor
- Falta de apetite
- Perda de sangue pelos orifícios naturais, nomeadamente ânus e boca
- Modificação dos hábitos intestinais, com aumento ou diminuição das idas à casa-de-banho
- Enfartamento, náuseas ou vómitos após as refeições


Principais factores de risco associados ao cancro colorrectal
- Factores hereditários
- Idade superior a 50 anos
- Pólipos ou doenças inflamatórias intestinais
- Alimentação (elevado consumo de carnes vermelhas e baixo consumo de cereais, frutas e legumes)
- Inactividade física
- Obesidade
- Tabagismo
- Consumo de bebidas alcoólicas
- Diabetes tipo II
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