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Artigo de Saúde Pública®

Nº 80 / Maio de 2009






07 Rinite alérgica

A rinite alérgica é uma doença inflamatória crónica da mucosa nasal, resultante de uma reacção imunológica, cujos principais sintomas são as crises de espirros, prurido ou comichão nasal, o corrimento nasal e a obstrução ou congestão nasal, os quais podem melhorar espontaneamente ou por acção do tratamento. Os indivíduos afectados podem ainda referir tosse, perturbações do sono e redução do olfacto e paladar.


Esta doença associa-se com frequência à conjuntivite alérgica, também ela uma doença inflamatória da mucosa conjuntival, que provoca queixas de comichão nos olhos, lacrimejo, olho vermelho e edema das pálpebras.

A prevalência da rinite e de outras doen­ças alérgicas tem vindo a aumentar nas últimas décadas. O estilo de vida associado ao desenvolvimento das populações, o sedentarismo, o aumento da poluição atmosférica e o aumento do tabagismo são alguns dos factores que podem justificar esta situação.

Embora com variações regionais, estima-se que, actualmente, a rinite alérgica tenha uma prevalência global de cerca de 30% na população dos países europeus, iniciando-se frequentemente as queixas em idade pediátrica. Em estudos populacionais efectuados em Portugal têm sido encontradas percentagens variáveis entre 20 a 40%, pelo que poderemos inferir que esta doença afecta cerca de 3 milhões de portugueses.

É frequente o subdiagnóstico e o subtratamento desta doença, que tem um importante impacto na qualidade de vida das pessoas afectadas, interferindo com o desempenho profissional e escolar, com a vida social e com as actividades diárias, podendo ser causa de má tolerância ao exercício e de perturbações significativas do sono.

Como em outras doenças alérgicas, existe uma forte tendência genética para a expressão da rinite. No entanto, é a influência do ambiente, expressa na sensibilização a alergénios comuns, que induz a ocorrência dos sintomas. Ácaros do pó, pólenes, fungos e animais de companhia são os principais agentes causais.

Na alergia a pólenes as queixas ocorrem tipicamente durante a época de polinização, coincidindo, para a maioria das plantas, com a Primavera. Em Portugal, as principais causas de alergia a pólenes são as gramíneas (fenos), a erva parietária (alfavaca de cobra) e a oliveira.

Para além destes factores específicos, outros agentes podem funcionar como irritantes: viroses, cheiros intensos, alterações climáticas, humidade, fumo de tabaco e outros poluentes.

A rinite e a asma encontram-se frequentemente associadas; nos doentes asmáticos a rinite ocorre em mais de 80% dos casos e até 40% dos doentes com rinite têm asma. Estudos efectuados em adultos e crianças identificaram a rinite como um factor de risco significativo para a asma. O tratamento da rinite melhora os sintomas da doença e pode prevenir a expressão desta doença.

A rinite alérgica está também frequentemente associada a polipose nasal e a complicações infecciosas, como a sinusite e a otite média.

Após o diagnóstico correcto, impõe-se a instituição das medidas interventivas: as medidas de evicção da exposição aos agentes causais e o tratamento com antialérgicos.

Em relação aos medicamentos, destacam-se os anti-histamínicos orais não sedativos ou locais, muito eficazes no controlo dos sintomas alérgicos. Quando existe predomínio de congestão nasal ou sintomas persistentes, deverão ser utilizados anti-inflamatórios, especialmente inaladores nasais de corticóides, permitindo o controlo da inflamação e apresentando grande segurança nas doses apropriadas.

Em doentes seleccionados, e como recomendado pela Organização Mundial de Saúde, pode ser indicado pelo seu imunoalergologista a utilização de vacinas antialérgicas, com as quais se pode alterar a evolução da doença, podendo prevenir o aparecimento de outras doenças alérgicas, como a asma.



Dr.ª Ângela Gaspar
Especialista de Imunoalergologia, secretária-geral da SPAIC (Sociedade Portuguesa de Alergologia
e Imunologia Clínica)
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