O projecto epiVida está em desenvolvimento desde Setembro de 2007, resultando de uma parceria entre a EPI-APFAPE e a Liga Portuguesa Contra a Epilepsia (LPCE), com o apoio da UCB Pharma.

Objectiva ser uma ferramenta do estudo da Qualidade de Vida da Epilepsia em Portugal. O Saúde Pública^® quis aprofundar os conhecimentos sobre esta iniciativa e, para tal, contactou a Dr.ª Márcia Vasques, psicóloga da Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Pessoas com Epilepsia (EPI-APFAPE), nomeadamente do Epicentro Porto.


Saúde Pública® – Em que consiste o projecto epiVida?
Márcia Vasques – O projecto epiVida consiste na aplicação de um questionário a um número considerável de pessoas com epilepsia em Portugal continental e ilhas. Trata-se de um questionário de autopreenchimento, anónimo, cujo principal objectivo se prende com a avaliação das necessidades desta população específica.

É um estudo pioneiro, na medida em que não existem dados desta dimensão de estudos previamente efectuados, pois estes avaliam normalmente grupos mais restritos, o que não representa uma amostra válida. Este questionário será disponibilizado a todos os médicos neurologistas das diversas consultas de epilepsia que aderirem ao projecto e serão distribuídos aos doentes que obedeçam aos critérios de inclusão.

SP^® – Com que objectivo é que foi criado?
MV – Este projecto pretende ser uma ferramenta do estudo da Qualidade de Vida da Epilepsia em Portugal e será, com certeza, uma mais-valia para a avaliação e posterior criação de serviços. Para a EPI, servirá como uma base válida para a criação de estruturas de apoio psicossocial, que cumprem os objectivos da Associação.

O epiVida servirá, também, como uma forma de acreditação nas candidaturas a entidades públicas e privadas que prestam apoio financeiro na criação de respostas sociais inexistentes e que vão de encontro às necessidades das pessoas com epilepsia.

SP^® – Já é possível fazer um balanço deste projecto?
MV – Sim. Estamos ainda numa fase muito inicial, mas podemos dizer que até a este ponto temos contado com uma colaboração activa e eficaz de todos os envolvidos. Após a criação e conclusão do questionário, estamos já na fase de divulgação do projecto junto dos médicos neurologistas, estando deste modo no timing estipulado inicialmente.