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Artigo de Saúde Pública®

Nº 64 / Novembro de 2007






07 Dossiê PNEUMOLOGIA
Opinião: Fumar e beber favorece apneia do sono
- Dr.ª Marta Drummond
A síndrome de apneia do sono é uma doença caracterizada por paragens respiratórias durante o sono. Este mecanismo deve-se a colapsos da via respiratória superior, repetitivos durante a noite. Cada um tem duração variável, mas demora sempre mais do que 10 segundos.

A Dr.ª Marta Drummond, pneumologista, salienta que «é preciso ter mais do que cinco paragens por hora para ser estabelecido o diagnóstico». De acordo com a médica, há duas causas principais: a genética e a obesidade. «Se tivermos uma via respiratória estreita, por questões morfológicas, há mais possibilidade de que o fenómeno suceda».

A outra causa fundamental é a gordura corporal, que também se acumula no pescoço e por isso diminui o diâmetro da via respiratória, provocando a doença.
«Acordar a meio da noite, com aflição e sensação de sufoco, parecendo que não se consegue respirar. É este o comportamento de quem acorda a meio de uma apneia. Mas há quem não tenha necessariamente estes sintomas», refere a pneumologista.

Existem outros factores que podem agravar os sintomas de apneia do sono. Como, por exemplo, o consumo nocturno de álcool. Quem é fumador também sofre riscos acrescidos, devido à inflamação das vias respiratórias suscitada pela inalação do fumo do tabaco. Tomar comprimidos para dormir, «fenómeno que tem aumentado entre os portugueses», sustenta a especialista, também contribui para o agravamento da apneia do sono. Dormir de barriga para o ar, o chamado decúbito dorsal, eis outra prática incorrecta, como atesta Marta Drummond. «A língua recua e isso também ajuda a obstruir a via respiratória.»


Consequências cardiovasculares são as mais importantes

Um dos sinais é a sonolência excessiva durante o dia, a chamada hipersónia diurna. À sensação de sono não reparador juntam-se a perda de memória e de capacidade de concentração, irritabilidade, agitação e mau humor. Muitas vezes, a depressão também pode ser um sintoma de apneia do sono e o afastamento social é disso um paradigma.

Os efeitos mais graves das apneias de sono são aqueles que se relacionam com o plano cardiovascular. Há vários estudos que demonstram maior risco neste tipo de doentes no que diz respeito à hipertensão arterial. Mas não é só.

Marta Drummond lembra que «estes indivíduos que sofrem de apneia de sono estão igualmente mais expostos à possibilidade de ocorrência de enfarte de miocárdio». Existe ainda o perigo acrescido de um acidente vascular cerebral. Há estudos que provam a maior incidência de arritmias em quem tem apneia do sono. São situações em que o risco se encontra associado às paragens respiratórias, cujos efeitos acumulados ao longo dos anos são prejudiciais.



Texto: David Carvalho

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