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Artigo de Saúde Pública®

Nº 56 / Fevereiro de 2007






12 Sal e hipertensão arterial
- Prof. Doutor Agostinho Monteiro
A tensão arterial elevada é um factor de risco para doença cardiovascular, doença renal e demência. Em Portugal, a taxa de doentes com hipertensão é muito elevada e a percentagem de doentes controlados é baixa, tal como nos restantes países da Europa.

Há vários factores que estão relacionados com o aparecimento de tensão arterial elevada: o consumo exagerado de sal, a falta de exercício físico, o excesso de peso ou o consumo exagerado de álcool.

Durante milhões de anos, os antepassados dos seres humanos ingeriram uma dieta que continha menos de 1 g de sal por dia. Assim, nós estamos geneticamente programados para ingerirmos muito pouco sal. Somente há cerca de cinco a dez mil anos, quando o Homem deixou de ser nómada, se fixou e dedicou à Agricultura, começou a ingerir mais sal, ao verificar que este era importante para a conservação dos alimentos.

Estudos efectuados em sociedades «primitivas» mostraram que, ao contrário do que acontece nas sociedades «civilizadas», a tensão arterial elevada é mais baixa e, por outro lado, não sobe à medida que se envelhece. Ora, nestas sociedades «primitivas», o consumo de sal é muito baixo, o exercício físico é uma actividade quotidiana e há pouca obesidade.

De facto, se diminuirmos a nossa ingestão de sal, particularmente quando ainda jovens, diminuímos o risco de virmos a ter hipertensão na idade adulta. Por outro lado, se formos hipertensos, é imprescindível diminuir o sal, pois a tensão arterial baixa e, ainda por outro lado, os mediamentos usados para o tratamento da hipertensão arterial tornam-se mais eficazes, facilitando-se assim, o controlo da hipertensão.

É de notar que os benefícios de um baixo consumo de sal não se restringem apenas à hipertensão. Quanto maior é o consumo de sal maior é o risco de acidente vascular cerebral (vulgarmente designado por «trombose») e de doença do coração.

Em Portugal, o consumo de sal é muito elevado. As fontes principais de sal na alimentação são: o pão, o sal adicionado durante a confecção dos alimentos e à mesa, os produtos enlatados, as batatas fritas de pacote, o fiambre, o presunto e os enchidos. É de boa norma consultar sempre a tabela existente na embalagem dos produtos alimentares e ver o seu teor em sal.

Em conclusão, uma dieta saudável deverá ser sempre pobre em sal. Para isso, os alimentos deverão ser sempre confeccionados sem ou com muito pouco sal, dever-se-á restringir o consumo de «comida rápida» (fast-food) e nunca adicionar sal à mesa.


Prof. Doutor Agostinho Monteiro
Professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto/Hospital de S. João
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