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Artigo de Saúde Pública®

Nº 53 / Novembro de 2006






04 Disfunção eréctil: não sofra em silêncio
- Dr. José Santos Dias
Sabemos, actualmente, que todos os factores de risco cardiovascular podem contribuir para a disfunção eréctil

Assim, a hipertensão arterial, as disli pidemias, o tabagismo e o sedentarismo podem ser causa deste problema, tal como a diabetes mellitus, o alcoolismo, as alterações hormonais ou as grandes cirurgias pélvicas (grandes cirurgias por tumores do cólon, da bexiga ou da próstata, por exemplo). Muitos medicamentos podem também associar-se a DE, como os psicofármacos, alguns para a hipertensão arterial, alguns tipos de tratamentos hormonais ou para a próstata, por exemplo.

Outro grande grupo de causas são as alterações psicológicas que, estando sempre presentes em situações deste tipo (isto é, a DE é geralmente de origem mista, orgânica e psicogénica), podem ser a causa isolada de DE.

Esta é uma patologia que aparece em todas as idades, embora seja cada vez mais frequente à medida que a idade avança.

A grande maioria dos casos aparece a partir dos 45-50 anos, mas pode surgir aos 20, ou mesmo antes. Foi recentemente efectuado um estudo em Portugal (o Episex pt, realizado pela Sociedade Portuguesa de Andrologia), com homens a partir dos 18 anos, que aponta para uma prevalência global de cerca de 13%. Ou seja, existirão em Portugal cerca de 460.000 homens com problemas de DE. Aos 40, a prevalência é de 17,6%, de 23,4% após os 50 e de 26% acima dos 60 anos. A DE grave afecta cerca de 5% dos homens portugueses (176.000 indivíduos).

É obviamente possível tratar a DE. Existem várias terapêuticas disponíveis, cada uma mais adaptada a um ou outro caso mais específico.

As mais agressivas (cirurgias, injecções,etc.) são cada vez menos necessárias e são apenas efectuadas num reduzido número de pessoas que não respondem a outros tratamentos, mais recentes, em «comprimidos».

O meu conselho principal é que não deixem o problema arrastar-se e recorram rapidamente ao seu médico assistente ou a um especialista desta área. Com as possibilidade de tratamento disponíveis, não se deve continuar a sofrer em silêncio, atribuindo a este problema uma dimensão de «tabu» que já não se justifica. Este problema já foi tantas vezes abordado nos media, tão divulgado, que poderíamos pensar que já ninguém se inibiria de procurar ajuda, mas a verdade é que ainda assistimos a muitas hesitações em dar o primeiro passo no sentido de procurar essa ajuda. E quanto mais tempo passa sem tratamento mais difícil pode ser reverter e ultrapassar a situação.


Tipos de disfunção sexual masculina

- Disfunção eréctil (isto é, incapacidade de obter ou manter a erecção);
- Alterações da ejaculação. Existem diferentes alterações, podendo ser precoce (demasiado rápida), retardada (demasiado lenta), não existir (anejaculação), ser feita para o interior da bexiga (retrógrada), ter menos quantidade e «intensidade» de expulsão do esperma (asténica), entre outras;
- Alterações do orgasmo, que se podem ou não associar às anteriores;
- Alterações do desejo, da libido;
Nem sempre as coisas são tão estanques e existem doentes que têm mais do que um tipo de disfunção.


Dr. José Santos Dias
Assistente hospitalar de Urologia do Hospital de Pulido Valente

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