Uma plataforma única para a divulgação da sua empresa!

Saiba como >>

Director José Alberto Soares

Assessora de Direcção
Helena Mourão

Redacção Andreia Montes
Andreia Pereira
Bruno Miguel Dias
David Carvalho
Paula Pereira
Sara Oliveira
Sara Pelicano
Sílvia Malheiro
Susana Catarino Mendes

Fotografia Ricardo Gaudêncio (Editor)
Gonçalo Fabião
Jorge Correia Luís
José Madureira

Agenda

Director de Produção
João Carvalho

Director de Produção Gráfica José Manuel Soares

Director Comercial Miguel Ingenerf Afonso

Publicidade Carla Gonçalves

Directora de Marketing Ana Branquinho

Relações Públicas Catarina Moreira

Director de Multimédia
Luís Soares


Saúde Pública<sup>®</sup> 95 / Janeiro de 2011 Edições Especiais Saúde Pública<sup>®</sup> 5 / Dezembro de 2010
Mundo Médico<sup>®</sup> 73 / Novembro de 2010 Edições especiais Mundo Médico<sup>®</sup> 140 / Janeiro de 2011
Mundo Farmacêutico<sup>®</sup> 49 / Novembro de 2010 Informação SIDA<sup>®</sup> 83 / Novembro de 2010
HematOncologia<sup>®</sup> 11 / Outubro de 2010 Jornal Pré-Congresso 7 / Março de 2010
Jornal do Congresso 118 / Janeiro de 2011 Jornal Diário do Congresso 62 / Dezembro de 2010
Saúde em Dia<sup>®</sup> 10 / Maio de 2010 <i>Outros Projectos</i> 10 / Maio de 2010
 


Artigo de Saúde Pública®

Nº 47 / Abril de 2006






02 Janela do Cidadão – Dor e mentira – Dr. Álvaro Cidrais
Dr. Álvaro Cidrais
Geógrafo e Consultor
[email protected]


Hoje comemoramos o dia da mentira. Um momento de brincadeiras para um assunto muito sério. Um instrumento essencial para o sucesso de alguns políticos, empresários e cientistas. O problema é que provoca sofrimento, ilusão e dor, com difícil tratamento.

Hoje devia ser feriado nacional. Comemorávamos o dia com um espectáculo nocturno e selecto do tipo dos Óscares. Teríamos estatuetas específicas para os melhores mentirosos do ano e para a maior mentira.

O problema seria o de encontrar um júri que suportasse os vários meses de trabalho necessário para seleccionar entre a enorme quantidade de candidatos existentes.

Mas seria uma boa área de crescimento económico e de emprego qualificado pela quantidade de horas de trabalho e pelos requisitos de técnicas e de conhecimentos necessários para as avaliar. Até porque vivemos num país de elevada predisposição para a mentira e, por essa via, para a dor emocional e o sofrimento.

As mentiras geram dor! Na perspectiva budista, criam sofrimento pela ilusão, angustiam, induzem as pessoas em erro de julgamento e de acção. Por este motivo, devem ser contrariadas. Estas ideias são desenvolvidas em duas obras literárias que devíamos ler. «A ética para o novo milénio» do Dalai Lama e as «Emoções destrutivas e como dominá-las – um diálogo científico com o Dalai Lama». Esta, trazida até nós por Daniel Goleman e pela editora Temas e Debates.

Talvez com esta perspectiva contrariás­semos melhor a dor mental. Fôssemos mais saudáveis e felizes.

No final do mês, nos Açores, irá decorrer o 13.º Congresso de Reumatologia, um conjunto de doenças penosas pela dor que provocam. É uma dor essencialmente física que a nossa ciência, a medicina oriental e a tecnologia farmacêutica têm conseguido contrariar à medida que o conhecimento se alarga.

Isto, quando nos preocupamos em cumprir o 11.º direito da Carta Europeia dos Direitos dos Utentes de Saúde: «todo o indivíduo tem o direito de evitar o mais possível o sofrimento e a dor, em cada fase da sua doença».

Por esse motivo, esta iniciativa é bem-vinda. Estes congressos e uma outra abordagem à dor são essenciais para a diminuição do sofrimento do cidadão. O tema da reumatologia é muito sério pela quantidade de portugueses que sofrem de maleitas relativas a estas doenças e pela intensidade e continuidade da dor que provocam, por vezes limitante.

Por esse motivo, esperemos que os contributos dos conferencistas não sigam o mau exemplo de Nuno Crato no seu livro sobre a educação em Portugal: «Eduquês».
Este, baseado numa argumentação que raia o intelectualmente desonesto e desrespeita autores citados, pela raiva que encerra e pela implícita vontade de denegrir outros pensadores - tão ou mais cientificamente respeitáveis do que o autor - é um excelente candidato ao «Óscar dos pensamentos destrutivos e aparentemente científicos» que merecem o maior repúdio numa sociedade que se quer consciente e promotora de felicidade.

Demonstra o nível tenebroso a que se pode chegar através da aparência científica para exibir a soberba, influenciando pensamentos e decisões.

Mas, infelizmente, na política e nos negócios, o panorama é semelhante. Também, por isso, vivemos num País tão infeliz.
ver comentários (0)

Deixe o seu comentário sobre este artigo

Este é um espaço que visa promover a partilha de ideias, opiniões e experiêncas sobre os temas abordados nos nossos artigos. Participe! Outros poderão beneficiar do seu comentário.
Não é aqui facultado qualquer tipo de aconselhamento médico!