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Artigo de Saúde Pública®

Nº 46 / Março de 2006






17 Espaço Clínica Geral - O médico de família e a promoção de estilos de vida saudáveis – Dr. Eduardo Mendes
Dr. Eduardo Mendes
Presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral


Construir uma vida saudável implica adoptar certos hábitos – como é o caso da actividade física e da alimentação saudável –, enfrentar condições ou situações adversas e também estabelecer relações afectivas sólidas, adoptando uma postura de ser e estar no mundo com o objectivo de viver melhor.

Compreender a importância do estilo de vida para a saúde das pessoas é agir em favor da saúde. É promover saúde. Um estilo de vida saudável inclui actividades de prevenção: uma boa alimentação; o controle do peso; a prática de actividades recreativas e o exercício físico regular; abandono do uso de substâncias nocivas ao organismo (tabaco, por exemplo).

Os factores modificáveis dos estilos de vida são uma causa significativa de mortalidade. A hipertensão, a diabetes, a obesidade, a angina de peito, o stress, o cancro do pulmão, as enxaquecas, as dores articulares são meros exemplos de «doenças» modernas, facilmente melhoráveis (e, por vezes, até curáveis) com a simples adequação dos hábitos de vida quotidianos.

A grande pergunta é, entre tantos factores nocivos à saúde aos quais nos encontramos expostos, ou, mais frequentemente, nos expomos voluntariamente, alguns deles de difícil modificação, o que priorizar?

Regras básicas para uma vida saudável

É inquestionável a importância que a qualidade dos alimentos ingeridos tem numa dieta equilibrada. Contudo, o que muitos de nós desconhecemos é que a quantidade de refeições por dia também é muito importante para o sucesso de um regime dietético adequado.

O ideal é que hajam cinco a seis refeições por dia, ou seja, que nos alimentemos a cada 2 horas (no máximo 3), devendo ressaltar-se que esta conduta não engorda, pelo contrário, emagrece.

Também a proporção em que cada grupo de alimentos entra na dieta diária de um adulto, não pode ser descurada. Os cereais e seus derivados, os produtos hortícolas e as frutas devem constituir cerca de 75% dos alimentos ingeridos diariamente, os produtos lácteos cerca de 15%, a carne o peixe e os ovos cerca de 5%. Não devemos considerar o açúcar como um alimento, pelo que a sua ingestão deve ser muito moderada e em quantidades restritas.

Não menos importante que a alimentação é a prática regular de exercício físico. No passado, pensava-se que estes deveriam necessariamente «fazer suar», ou seja, serem intensos. Hoje em dia, sabe-se que uma mera caminhada de 30 minutos, diariamente, já cumpre basicamente seu papel.

Ou seja, a melhoria na saúde física e mental advinda da prática do exercício físico não é privilégio de atletas profissionais. A actividade física deve ser praticada moderadamente, sempre dentro dos limites de cada pessoa, pois a exposição à exaustão em condições não ideais (muito calor, muito frio, «estômago cheio») não conduz ao resultado positivo desejado.

Para iniciar sua actividade com mais segurança, consulte o seu médico de família, escolha as actividades que realmente gosta; seleccione horários e opções compatíveis com seu estilo de vida; incorpore a actividade física no seu dia a dia; ande mais a pé, suba mais escadas; se possível, seleccione as actividades que possam ser realizadas com seus amigos e/ou família.

O papel do médico de família

A principal preocupação de um médico de família é ajudar a reforçar o potencial de saúde das pessoas e das famílias que estão sob o seu cuidado profissional. É neste contexto que cabe uma especial responsabilidade ao médico de família no aconselhamento e na promoção de comportamentos saudáveis que favoreçam e reforcem o capital de saúde dos seus utentes.

Esta responsabilidade deveria, em condições ideais, ser partilhada com outros profissionais de saúde, mais vocacionados para intervenções mais especializadas em alguns dos contextos de mudança de hábitos e comportamentos e até no aconselhamento.


Unidades de Saúde Familiar – proximidade e qualidade

A criação de unidades de saúde familiar (USF), organizadas em torno de pequenas equipas multiprofissionais orientadas para a comunidade, com autonomia organizativa funcional e técnica, tem vindo a ser defendida, há pelo menos uma década, pela Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral (APMCG). Hoje, esta filosofia de prestação de cuidados de saúde primários é partilhada, também, pelo executivo, que a incluiu no seu programa de Governo.

Orientar o sistema de saúde para o cidadão, aumentando a acessibilidade e tornando-o mais sensível aos problemas, às necessidades e às expectativas dos utentes; apostar na efectividade, na eficiência e na qualidade; introduzir ferramentas de avaliação que permitam suportar um sistema retributivo que premeie a qualidade dos serviços prestados e a produtividade dos profissionais, são apenas algumas das metas que a reforma dos cuidados de saúde primários, em curso, pretende alcançar.

De modo a que seja possível atingir estes objectivos, encontra-se já fixado um vasto conjunto de medidas a implementar a curto e médio prazo. No início do mês passado, teve início o processo de apresentação de candidaturas, pelos grupos de profissionais interessados em avançar com projectos de constituição de USF.

A vontade de melhorar as condições em que são prestados os cuidados, e assim melhor servir os cidadãos, reflecte-se no número de grupos que já manifestaram vontade de avançar.

Sabemos que é ainda longo o caminho a percorrer e que, neste percurso, encontraremos alguns obstáculos que será necessário ultrapassar. Como também sabemos que esta será, porventura, a última oportunidade de ver implementado no terreno um sistema de prestação de cuidados que cumpra plenamente a previsão constitucional do direito de acesso dos cidadãos à Saúde.
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