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Artigo de Saúde Pública®

Nº 44 / Janeiro de 2006






06 Saúde Animal - Cães com excesso de actividade não descansam e não deixam descansar
Conheça a história do Nicolau


O Nicolau é um cão que torna a vida dos seus donos num autêntico inferno. Os objectos têm de ser escondidos, pede constantemente atenção e não pára quieto. Este é um animal de companhia com um problema de comportamento muitas vezes chamado – erradamente – de hiperactividade.

Quando há dois anos Luís Biscaia decidiu adoptar um amigo de quatro patas estava longe de imaginar o rebuliço que diariamente enfrenta.

«Exige atenção o tempo todo, se lhe fazemos uma festa não nos larga e quando não lhe estamos a dar a atenção que pretende começa a ter comportamentos anómalos», diz Luís Biscaia, referindo-se ao seu animal de companhia Nicolau.

No primeiro ano de vida, este canídeo, descendente de uma cadela cocker e de um cão rafeiro, roía desenfreadamente a mobília, os tapetes, a roupa e o calçado. Os donos, Luís e Cátia, compravam artigos próprios para serem roídos, que não duravam escassas horas. Não deram demasiada importância, afinal, ainda era muito jovem.

A juntar a este comportamento o Nicolau começou a exigir cada vez mais atenção e, sempre que o levavam à rua para passear, quando o chamavam para voltar, não prestava atenção e continuava a correr. O problema acentuou-se quando nasceu o filho deste casal há 14 meses.

«Sempre que recebíamos visitas devido ao nascimento do Diogo, o Nicolau queria ser o centro das atenções, mas como não era, fazia chichi em casa, destruía todos os objectos que encontrava sem se importar de ser repreendido e saltava para cima de nós», conta Luís Biscaia, acrescentando:

«Tivemos de organizar a nossa casa em função do nosso cão. Deixámos de ter tapetes, quando saímos de casa temos de prender os cortinados e não podemos deixar à vista óculos, livros, revistas, brinquedos do Diogo e outros objectos.»

E ressalva: «Ao brincar, o Nicolau pode ser um pouco brusco connosco, mas com o bebé é bastante delicado e anda sempre atrás dele como se o estivesse a proteger.»

Excesso de actividade

É normal que os animais de estimação gostem da companhia dos seus donos. O que não é normal é quando adoptam comportamentos pouco usuais para, constantemente, chamar a atenção. É o caso deste cão.

«Muitos donos queixam-se de um excesso de actividade dos seus animais, sobretudo quando jovens, e têm tendência a designar esta forma de comportamento como hiperactividade. Porém, são dois comportamentos diferentes», menciona a Prof.ª Ilda Gomes Rosa, professora de Comportamento Animal na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa, explicando:

«O excesso de actividade é uma situação muito comum e resulta de um excesso de comportamento motivacional normal, que se torna problemático para o animal e para os donos devido a não ser resolvido precocemente. Está, muitas vezes, ligado a uma atitude de chamar a atenção. Já a hiperactividade é um comportamento anormal muito raro, com uma origem neurofisiológica.»

Desta forma, a hiperactividade acaba por ser sobrevalorizada nos cães. Isto porque muitos animais, cujos donos pensam que são hiperactivos, são ou muito activos ou têm pouco exercício.

Além do mais, segundo Ilda Rosa, «a maioria dos cães foi seleccionada e criada para uma actividade e trabalho específico requerido e desejado pelos seres humanos. Os canídeos retiveram a inteligência, a energia e a necessidade de ter alguma coisa para fazer. Quando não estão devidamente treinados e não podem canalizar positivamente a sua exuberância, tendem a exibir comportamentos negativos, simplesmente por não terem nada para fazer e estarem aborrecidos, tornando-se inquietos e começando a fazer disparates. Para além disso, os cães não gostam de estar sozinhos, e devem ser habituados a ficar em casa sem o dono, para que não haja consequências».

A especialista continua, explicando que «tudo isto também tem a ver com a raça escolhida, porque ter um cão de caça num apartamento e que só tem como único exercício diário (o passeio higiénico), pode ser muito problemático para o dono e para o animal, porque de certeza absoluta que começam a aparecer situações desagradáveis em casa».

São, pois, sintomas mais habituais de excesso de actividade de um cão o não parar quieto até conseguir chamar a atenção do donos, o saltar incessantemente sobre as pessoas, o estar sempre a ir buscar os brinquedos e coisas para brincar, o destruir e o parecer descansar menos do que o normal.

De acordo com a professora de Comportamento Animal, «quanto mais precocemente se tentar diagnosticar estes comportamentos, mais rápida será sua solução, devendo-se procurar para isso a ajuda de um médico veterinário a trabalhar na área do comportamento animal».

Cada caso é um caso. O Nicolau, por exemplo, foi submetido a um tratamento farmacológico durante dois meses. Melhorou bastante mas quando terminou tudo voltou a ser como era...

«O nosso veterinário recomendou a repetição da mesma terapêutica. É o que vamos fazer, mas é pouco saudável manter o cão com calmantes. Se não resultar temos de encontrar outra solução», indica Luís Biscaia.

«A razão de o tratamento não ter tido bons resultados foi porque se baseou em fármacos (vulgarmente designados por calmantes), não tendo havido terapia comportamental, por isso a medicação só resultou enquanto foi administrada», justifica Ilda Rosa, comentando:
«Os medicamentos só devem ser dados como ajuda a uma modificação do comportamento animal e não como substituta desta.»


Sofia Filipe

Comentários

fernanda silva às 15:04 29-05-2008 :

Acho muito positiva toda e qualquer informação que ajude a melhorar o entendimento e vivência entre os racionais e os "irracionais", só é pena que aqueles donos que verdadeiramente necessitam , não se interessem porque, como são os tais ditos racionais, entendem que nãp precisam, e aí eu tenho muita pena dos outros... dos irracionais.

Luis Miguel às 14:11 26-12-2007 :

Bom Ano de 2008
Curiosamente há alguns especialistas, que aconselham, a que quem deve de ir ao médico são os donos, que na verdade não conseguem ser "acertivos calmos" para que possam transmitir ao seu amigo uma atmosfera positiva.
O animal é o espelho da familia humana.
Se quiserem ajuda contatem-me, e deixem o vosso contacto.

Luis Miguel

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