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Artigo de Saúde Pública®

Nº 104 / Novembro de 2011






07 Segundo o Dr. Sérgio Barroso, oncologista, o cancro digestivo precisa de «medidas de racionalização e não de racionamento»
Saúde e Economia. Longe vai o tempo em que estas duas áreas pareciam estar distantes. Num tempo em que a crise e a necessidade de poupar estão na ordem do dia, o Saúde Pública® foi ouvir a opinião de quem lida com um problema que tem afectado a vida de cada vez mais e mais portugueses: o cancro digestivo.


Não aparece sempre sob a mesma forma, mas a verdade é que a sua prevalência torna-se inegável. De acordo com os dados mais recentes, o cancro digestivo está a ganhar protagonismo.

Surgem, anualmente, cerca de 7000 casos de cancro colorrectal (o mais frequente) e 3000 de cancro gástrico, seguindo-se os tumores do pâncreas e do esófago, doenças com um forte impacto no que diz respeito à saúde pública, por um lado, e à doença oncológica, por outro.

De acordo com o Dr. Sérgio Barroso, director do Serviço de Oncologia do Hospital do Espírito Santo, em Évora, as principais causas do aparecimento do mais prevalente dos tipos de cancro digestivo deve-se a um conjunto de factores: alimentares, de estilos de vida e genéticos.

«É este conjunto de factores que contribui para a existência de um acentuado número de casos», afirma. Uma das maiores preocupações deste responsável deve-se ao facto de o rastreio ainda não estar devidamente disseminado por todo o País, o que poderia permitir identificar e travar atempadamente muitos casos ainda em estádios precoces ou na fase pré-maligna.

De um modo geral, existem três formas de tratamento, dependendo da fase em que se encontra o tumor: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Juntos (na maioria dos casos) ou separados, representam os pilares nos quais se apoia a esperança de salvação dos doentes e dos médicos envolvidos no tratamento do cancro digestivo.

«Para melhorar esta situação, é importante que haja uma modificação dos hábitos alimentares, um consumo acrescido de alimentos ricos em fibras (vegetais, frutas e cereais) e menos carnes e gorduras, evitar o álcool, etc. Também é muito importante evitar o tabaco e controlar o peso e, simultaneamente, praticar exercício físico», recorda o oncologista.

No que respeita à questão económica, Sérgio Barroso refere que, «a par da preocupação de tratar com qualidade, existe também a necessidade de gastar de forma sustentável. É fundamental encontrar formas de, por um lado, prestar os cuidados de saúde necessários e com qualidade à população e, por outro, criar mecanismos sustentáveis e suportáveis para o Sistema Nacional de Saúde (SNS) e para o País».





Para o oncologista, o ponto de equilíbrio é difícil, mas necessário, sem que isso implique o abandono das boas práticas clínicas, recordando que, ao contrário do que habitualmente é dito, «o SNS não é gratuito. Aquilo que recebemos é fruto do pagamento dos contribuintes no dia-a-dia, através dos seus impostos».

No seu entender, existem quatro vertentes essenciais neste processo: doentes, profissionais de saúde, gestores e políticos. Os primeiros devem ser criteriosos no uso do sistema e ter presente a noção de que este não é gratuito e os recursos são finitos; sem os profissionais não é possível «efectuar modificações no SNS com sucesso. É preciso envolvê-los». Aos gestores cabe a função de garantir que os cuidados são prestados com qualidade e equidade, de forma racional e sustentável.

«Aos governantes pede-se que tenham sensibilidade para esta área muito particular, que interfere decisivamente com a “saúde da sociedade” no presente e no futuro, para poderem avançar com medidas que sejam de racionalização e não de racionamento», adverte.


Cancro digestivo reúne profissionais de Saúde
Decorreu em Albufeira, de 13 a 16 de Outubro, o 7.º Simpósio Nacional de Cancro Digestivo, que mais uma vez reuniu especialistas em torno desta patologia. Para Sérgio Barroso, que presidiu ao encontro, houve um forte interesse por parte de todos os presentes, que participaram de forma activa na partilha e actualização de conhecimentos nesta área.
Ao receber oncologistas e outros profissionais de diferentes países, foi possível perceber que «a prática da Oncologia em Portugal está ao mais alto nível, a par de outros países espalhados pela Europa e um pouco por todo o Mundo».



Texto: Andreia Montes

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