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Artigo de Informação SIDA®

Nº 63 / Julho de 2007






19 Circuncisão: reduzir o risco de transmissão do VIH
A incidência da sífilis em geral e, em particular da sífilis congénita, tem vindo a aumentar nas últimas décadas.
Em resposta à urgente necessidade de reduzir o número de novos casos de infecção por VIH, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o secretariado da ONUSIDA convocaram uma consulta a um painel de especialistas para determinar se a circuncisão masculina deve ser recomendada na prevenção da transmissão do vírus VIH.

Baseados em provas convincentes, os pesquisadores recomendam que a circuncisão seja considerada um importante meio suplementar para reduzir o risco de transmissão heterossexual do vírus da SIDA. O congresso, que se realizou em Março último, na Suíça, contou com a participação de representantes do governo, sociedade civil, especialistas, organizações de direitos humanos e da saúde da mulher, jovens e agências de fundos públicos.

«As recomendações representam um significativo passo na prevenção da SIDA», declarou o Dr. Kevin De Cook, director do Departamento de VIH/SIDA da OMS. Países com elevadas taxas de transmissão heterossexual do vírus VIH e baixas taxas de circuncisão masculina têm agora uma prevenção adicional, que pode reduzir o risco de transmissão da SIDA em homens heterossexuais. O aumento da circuncisão masculina resultará, nesses países, em um benefício imediato para os indivíduos. Contudo, serão necessários alguns anos para que se veja o impacto desse investimento na epidemia.

Três estudos clínicos, levados a cabo em Kisumi, Quénia, Rakai District, Uganda (financiado pelo Instituto Nacional de Saúde), e Orange Farm, África do Sul (finan­ciado pela Agência Nacional Francesa para pesquisa da SIDA), apresentaram provas convincentes de que a circuncisão masculina reduz o risco de propagação do vírus em homens heterossexuais em aproximadamente 60%.

Estas provas confirmam as conclusões de pesquisas anteriores, que sugeriam que a correlação geográfica entre uma baixa prevalência do VIH e taxas elevadas de circuncisão tem, em parte, uma relação causa-efeito nos países africanos e, mais recentemente, em outras zonas.

Actualmente, estima-se que 665 milhões de homens, ou 30% da população masculina mundial, sejam circuncidados.
A circuncisão masculina deve ser incluída num contexto geral de medidas de prevenção do VIH


A circuncisão masculina deve sempre ser considerada como parte de um conjunto de medidas de prevenção do VIH, no qual deve incluir-se:

• serviços de aconselhamento e despistagem do VIH;

• tratamento de infecções sexualmente transmissíveis;

• promoção de práticas sexuais seguras;

• fornecimento de preservativos masculinos e femininos, bem como a promoção do seu uso regular.

O aconselhamento dos homens e das suas parceiras se­xuais é necessário para preveni-los contra uma falsa sensação de segurança, que os levaria a adoptar um comportamento de risco, comprometendo a protecção conferida pela circuncisão masculina. Além disso, assinalou-se que a prestação de serviços de circuncisão traria a oportunidade de abordar outros aspectos frequentemente negligenciados da saúde masculina.

«A possibilidade de recomendar um método profiláctico adicional é um passo importante para o êxito da luta contra essa epidemia», declarou a Dr.ª Catherine Hankins, directora Associada do Departamento de Políticas, Provas e Alianças da ONUSIDA.

No entanto, há que deixar claro que a circuncisão masculina não oferece uma protecção total frente ao VIH e, por isso, essa recomendação deve ser adoptada como método preventivo. Homens e mulheres devem continuar a usar outras formas de protecção.

Fonte: Organização Mundial de Saúde
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