Director
José Alberto Soares Coordenação Manuel Moreira Director Comercial
Miguel Ingenerf Afonso Assistente Comercial
Sandra Morais Directora de Marketing
Ana Branquinho Director de Produção
João Carvalho Director de Produção Gráfica
José Manuel Soares Director de Multimédia
Luís Soares Copy Desk
Sérgio Batista Fotografia
Ricardo Gaudêncio (Editor)
Jorge Correia Luís
José Madureira
Revisão Ciêntifica
JAS Farma®

Medicina e Saúde<sup>®</sup> 132 / Outubro de 2008 Saúde Pública<sup>®</sup> 73 / Outubro de 2008
Mundo Médico<sup>®</sup> 59 / Julho de 2008 Edições Especiais Saúde Pública<sup>®</sup> 1 / Maio de 2007
Edições especiais Mundo Médico<sup>®</sup> 95 / Junho de 2008 Informação SIDA<sup>®</sup> 70 / Setembro de 2008
Mundo Farmacêutico<sup>®</sup> 36 / Setembro de 2008 Jornal Pré-Congresso 1 / Setembro de 2008
Jornal do Congresso 51 / Outubro de 2008 Jornal Diário do Congresso 35 / Outubro de 2008
Saúde em Dia<sup>®</sup> 2 / Abril de 2007 HematOncologia<sup>®</sup> 3 / Outubro de 2008
 

Artigo de Informação SIDA®

Nº 58 / Setembro de 2006






20 Demência é muito frequente em fases mais avançadas do VIH/SIDA
À medida que a esperança de vida dos infectados sobe, também cresce a taxa de morbilidade devido a complicações neurológicas nos indivíduos VIH-positivos.
Problemas neurológicos afectam mais de metade dos doentes infectados com o VIH/SIDA


É enorme e exaustiva a lista de patologias neurológicas que podem afectar um indivíduo infectado com VIH/SIDA. Está documentado e amplamente descrito que as complicações podem ir desde cefaleias, passando até por crises epilépticas ou pelos tão tristemente célebres acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Perante a infecção VIH/SIDA, os AVC prendem-se a
tumores ou infecções de carácter oportunista. Estes são alguns exemplos de uma «teia» complexa de problemas que afectam no sistema nervoso central, desde cedo, do doente infectado com o VIH/SIDA.

Por contraditório que possa parecer, à medida que a esperança de vida dos infectados sobe, devido às novas terapêuticas, também cresce, com lógica, a taxa de morbilidade devido a complicações neurológicas nos indivíduos VIH-positivos.

Reconhecidamente, mais de metade daqueles indivíduos sofre com estas perturbações e a demência é um ponto dramático, de não retorno. «É, efectivamente, uma patologia frequente nestes doentes», atesta o Dr. Fernando Rosas Vieira, director do Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia. Este responsável admite que estas situações «não são de fácil diagnóstico».

Este médico, do Núcleo de Estudos da Infecção VIH da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, explica que na demência «os sinais iniciais são insidiosos e podem passar despercebidos. Testes precoces de função superior feitos de forma programada podem ajudar a diagnosticar de forma mais precoce um quadro de demência».

Quando esta surge, o doente encontra-se «numa fase avançada da infecção VIH/SIDA e, portanto, os prognósticos em termos de morbilidade, qualidade de vida e mortalidade são extremamente graves», afirma o médico.

Aliás, o diagnóstico precoce é a recomendação constante para todas as manifestações neurológicas da infecção VIH, de modo a evitar a incapacidade do doente ou mesmo identificar circunstâncias que possam ser revertidas.

Os factores que espoletam a demência são múltiplos, uma vez que a «acção directa do vírus da SIDA» causa a destruição do sistema imunitário.

A demên­cia também pode ser suscitada por influência das tais doenças oportunistas, «como o vírus JC associado à leucoencefalopatia multifocal progressiva, tumores, infecções do sistema nervoso central, entre outros problemas», refere Fernando Rosas Vieira.

Por outro lado, o especialista lembra que, perante o «número elevado de doentes com VIH/SIDA que são toxicodependentes, não podemos esquecer o efeito e contribuição das drogas no aparecimento da demência».

Este médico sublinha que, «para além dos cuidados inerentes aos infectados pelo VIH/SIDA», o aparecimento destes problemas obriga a uma «planificação mais dirigida», justificando, nesse sentido, que «a dependência dos doentes aumenta e, por isso, o apoio familiar é muito importante.

Infelizmente, pouco pode ser feito para reverter este pro­blema. Do pouco de vista farmacológico, são poucas ou nenhumas as armas disponíveis para ajudar estes doentes» com demência associada ao VIH/SIDA.


Texto: David Carvalho
ver comentários (0)

Deixe o seu comentário sobre este artigo