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Artigo de Informação SIDA®

Nº 58 / Setembro de 2006






15 12.º Congresso Internacional de Doenças Infecciosas
O 12.º Congresso Internacional de Doenças Infecciosas permitiu uma perspectiva global dos problemas mais importantes das doenças infecciosas, nos nossos dias.
De 15 a 18 de Junho, o Centro de Congressos de Lisboa foi palco do 12.º Congresso Internacional de Doenças Infecciosas (CIDI), uma iniciativa que contou com o apoio da Top Atlântico DMC, enquanto agência oficial e PCO (Professional Congress Organizer).

Contrastando com muitos outros congressos nacionais e regionais de doen­ças infecciosas, o 12.º CIDI permitiu uma perspectiva global dos pro­blemas mais importantes das doenças infecciosas, nos nossos dias.

De Vladimir Putin a Bono, em todo o Mundo é reconhecido que as doen­ças infecciosas são a agenda mais importante na área da saúde. A rápida propagação da gripe aviária, pelos três continentes, aos seres humanos, com potencial risco de uma pandemia de gripe e o aumento da mortalidade, provocada pela síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA), nos países da África Subsariana mostram como as doenças infecciosas continuam a figurar como a principal causa de morte.

Actualmente, as prioridades governamentais de cada país e os temas da agenda das reuniões dos líderes do G8 são a melhoria na prevenção, no controlo e no tratamento das doenças infecciosas.

Olhando para o passado e para o presente das doenças infecciosas, o 12.º CIDI abordou diversos temas, desde a peste negra na Europa, durante a Idade Média, até à prevenção global da próxima pandemia de gripe. Os agentes patogénicos mais importantes, tais como o vírus da imunodeficiência humana (VIH), a tuberculose (TB) e a malária, fizeram parte das várias comunicações apresentadas durante o Congresso.

Por exemplo, a malária é responsável por, aproximadamente, um milhão de crianças mortas em cada ano, tendo o director-geral da Organização Mundial de Saúde pedido à indústria farmacêutica para desenvolver combinações terapêuticas com artesunato, destinadas ao tratamento desta doença mortífera. Contudo, o tema da malária, apesar de ser discutido em todas as reuniões europeias e americanas, é frequentemente confinado à medicina do viajante ou a apresentações generalistas.

O 12.º CIDI incluiu simpósios em que se discutirão os dados e a justificação para as combinações terapêuticas fixas com artesunato, assim como debates sobre áreas tão cruciais, como as resistências, a terapêutica nas grávidas e o desenvolvimento da vacina contra a malária. Simpósios paralelos tiveram como tópicos as pandemias da gripe, VIH/SIDA e tuberculose.

As vacinas são o grande objectivo do século XX e o novo milénio trará novas oportunidades e desafios. O desenvolvimento de vacinas para o vírus do papiloma humano (VPH), a causa da neoplasia do colo do útero, representa o maior avanço na prevenção do cancro. Algumas das sessões tiveram como tema as novas vacinas que, dentro em breve, poderão estar disponíveis. Pela primeira vez, na História da Medicina, o cancro poderá ser uma doença controlada por uma vacina.

Ao mesmo tempo que novas vacinas estarão disponíveis, somos confrontados com o desafio da ajuda efectiva àqueles que poderão beneficiar com o seu uso. Estes desafios incluem o financiamento e o apoio na distribuição das vacinas, ultrapassando obstáculos relacionados com a sua produção e com o aumento de estirpes de microrganismos patogénicos, não cobertos pelas vacinas disponíveis. Todos estes importantes tópicos foram discutidos no 12.º CIDI.

O papel da ciência

A ciência leva à descoberta e o 12.º CIDI incluiu excelentes debates acerca dos últimos avanços em genética e em patogénese das bactérias. Contudo, no sentido de melhorar as condições de vida, os avanços científicos necessitam de ser traduzidos em programas e práticas.

O 12.º CIDI tratou estes avanços fundamentais da Saúde Humana em debates sobre os recentes desenvolvimentos do Fundo Global para a SIDA, a Tuberculose e a Malária e das estratégias para a melhoria dos programas de vacinação global, de entre outros. A sociedade junta-se à ciência como determinante essencial para a saúde. Reconhecendo o papel fundamental que a mulher tem na saúde da família e da sociedade, um simpósio irá explorar o papel da mulher nas doenças infecciosas.

Nos últimos 30 anos, poucas, se nenhuma descoberta teve tanto impacto, no âmbito da Medicina, como a descrição, por Marshall e Warren, do Helicobacter pylori nas úlceras do estômago. Em 2005, ganharam o Prémio Nobel da Medicina pelo seu trabalho pioneiro nesta área. Neste Congresso, numa sessão plenária, o Dr. Marshall descreveu o longo caminho que foi necessário percorrer até conseguir esta monumental descoberta.
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