Artigo de Outros Projectos

Nº 3 / Julho de 2009






04 Carta Europeia alerta para a saúde do coração
- Dr. Miguel Mendes, chefe de serviço de Cardiologia do Hospital de Santa Cruz, Carnaxide
«Toda a criança nascida no novo milénio tem o direito de viver, pelo menos até aos 65 anos de idade, sem sofrer de uma doença cardiovascular evitável.

Este é o grande objectivo da Carta Europeia do Coração, um documento doutrinário global, que pretende alertar e orientar a prevenção da doença cardiovascular na Europa.

A iniciativa foi desenvolvida pela Sociedade Europeia de Cardiologia e pela European Heart Network, em colaboração com a Comissão Europeia e a Organização Mundial de Saúde, que assinaram a Carta a 12 de Junho de 2007. A nível nacional, o documento foi reconhecido pelo Ministério da Saúde e pelo Alto-Comissariado da Saúde, que assumiram, em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a intenção de transpor o seu articulado para a política de Saúde nacional e comprometeram-se a divulgá-lo junto da classe política, dos profissionais de saúde e da população em geral.

Relativamente à situação existente no nosso País e o propósito do documento, o Dr. Miguel Mendes, chefe de serviço de Cardiologia do Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, explica que, «hoje em dia, em Portugal, a doença cardiovascular é a principal causa de mortalidade no país, sendo responsável por cerca de 36% de todos os óbitos ocorridos anualmente».

Os 18 artigos que constituem a Carta Europeia do Coração «fazem referência para os factores de risco clássicos, que são habitualmente reconhecidos como associados à ocorrência de doença cardiovascular, de entre os quais se destacam os níveis elevados de colesterol, a diabetes, a hipertensão arterial, o tabagismo, a obesidade e o sedentarismo», mas também «salientam o peso de outros menos conhecidos, como o baixo nível socioeconómico, a
escassa diferenciação educativa e as más condições de trabalho».

Neste momento, refere Miguel Mendes, «é muito importante que as autoridades de Saúde desenvolvam estratégias em
conjunto com as sociedades científicas que permitam minorar
o peso individual e social das doenças cardiovasculares
no País, intervindo ao nível do estilo de vida, melhorando as condições socioeconómicas da população e organizando os serviços de Saúde, para minorar a dimensão deste flagelo que está a atingir graves proporções a nível nacional, europeu e mundial»
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