Artigo de Medicina e Saúde®
Nº 117 / Julho de 2007
42 Nutrição - Erros alimentares dificultam a dieta
Com o Verão não chega somente o calor e a vontade de ir para a praia. Para muitos, surge igualmente a vontade de perder peso rapidamente. É, no entanto, necessário ter cuidado com erros que dificultam os efeitos de qualquer método para emagrecer.
«Como emagreci 29 quilos em pouco mais de 2 meses», «Perca peso, pergunte-me como», «Emagreça e ganhe saúde», «12 quilos em duas semanas», «Emagreça naturalmente». A lista poderia ocupar a página inteira. Uma lista de excertos de textos ou frases soltas destinadas a quem pretende perder uns quilos a mais. Encontram-se em toda a parte, desde folhetos distribuídos na rua, passando pela imprensa escrita, até à Internet. A maioria aumenta em número e na forma de se evidenciar na época estival. Não é por acaso. Afinal, o calor apela ao uso de roupas que deixam a descoberto certas zonas corporais, sendo quase sempre aquelas onde é notória a gordura.
Existem, pois, diferentes métodos que preenchem os mais variados requisitos. Todavia, quem pretende emagrecer deve, em primeiro lugar, consultar um especialista. Este certamente saberá quais os melhores procedimentos e produtos para perder peso, adequados a cada situação.
Para muitos, a vontade de perder peso e gordura localizada sobrepõe-se a atitudes mais acertadas, nomeadamente, os erros alimentares, que estragam qualquer método para perder peso...
Erros a evitar
Não comer é talvez dos actos mais erróneos no que toca a eliminar a gordura inestética e indesejada. Excluir o pequeno-almoço, comer apenas uma sopa ou uma sandwich ao almoço e jantar mais tarde pode resultar mal.
O pequeno-almoço é a refeição mais importante do dia e deverá fornecer cerca de 25% das calorias diárias ao organismo. Além disso, chegada a hora de almoçar, a fome será intensa e a escolha da dose e dos alimentos não será regrada. O segredo está em fazer entre cinco a seis refeições por dia, designadamente, pequeno-almoço, refeição ligeira a meio da manhã, almoço, lanche a meio da tarde, jantar e/ou ceia.
É necessário considerar o que se ingere entre as principais refeições. Por exemplo, um iogurte ou uma peça de fruta são mais saudáveis que um chocolate ou um bolo com creme. O intervalo entre as refeições não deve exceder as cinco horas. Desta forma, por um lado, evita-se o consumo abusivo durante os pratos principais; por outro, dá-se ao organismo doses regulares de nutrientes, que são utilizadas ao longo do dia.
Comer depressa demais é outro erro comum, sobretudo porque não há tempo de se instalar a sensação de saciedade, o que leva a repetir. Mastigar lentamente ajuda a obter a dita saciedade ao mesmo tempo que facilita a digestão, uma vez que os alimentos são triturados adequadamente.
No que diz respeito às bebidas, deve-se evitar o consumo abusivo de refrigerantes. As bebidas alcoólicas são igualmente para ignorar, pois são altamente calóricas e em «doses industriais» prejudicam a saúde.
Muitas vezes excluído, o leite é uma fonte de proteínas, é rico em minerais, contém hidratos de carbono e, entre outras propriedades, ajuda a prevenir doenças como a osteoporose. Não deve ser descurado, podendo optar-se pelo meio-gordo ou magro.
Por último, mas não menos importante, a água deve estar presente em qualquer dieta. Não tem calorias e, consequentemente, não engorda. É indispensável para o bom funcionamento do organismo e deve-se beber, em especial fora das refeições, cerca de dois litros por dia.
Texto: Sofia Filipe