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Artigo de Medicina e Saúde®

Nº 107 / Setembro de 2006






24 Opinião: A indústria do stress
- Dr. Álvaro Cidrais
Profissionais liberais e executivos, somos pequenas máquinas de uma indústria de ele­vada produtividade: a do STRESS. A indústria da saúde agradece!
O orçamento do Estado ressente-se. Pedimos demasiado ao corpo, embevecidos pelo sucesso e pela ambição, procurando o prazer e o prestígio, buscando as promessas de uma vida melhor!



Todos os anos é assim. Acabaram-se as férias! As pilhas estão recarregadas. Começa mais um ciclo incessante de desgaste e obrigações. Voltámos à pressão dos horários, iniciamos novos projectos, suportamos a rotina e aturamos a fúria jornalística que se debruça sobre a polémica, a violência e a guerra. Voltamos a ser sujeitos ao bombardeamento da publicidade.

Dobrados pelo peso das obrigações, pelas angústias ditadas pela escassez de tempo e de recursos, em função das nossas expectativas e ambições, cá vamos nós para mais um sprint fisiológico e emocional que irá acelerar o envelhecimento e enfraquecer o nosso sistema imunitário.

Tal como nós, os professores e as outras profissões com elevada autonomia e responsabilidade sofrem do mesmo.

Somos bombardeados por estímulos publicitários que, apesar de já nem lhes darmos importância, se infiltram no nosso cérebro e condicionam os comportamentos. Sofremos agressões constantes decorrentes da vivência com pouca cidadania.

Isto é stress, pressão, angústia!

Nesta altura do ano, a natureza recorda que somos humanos. Menos importantes que o Sol. Diminui a luminosidade e a insolação. Os dias tornam-se cinzentos e curtos. É o Inverno que se aproxima. Desencadeiam-se posturas passivas e pessimistas, depressivas.

Em consonância, aceitamos e criamos bloqueios emocionais e pensamentos circulares que facilitam a convivência com os «azares» da vida. Aprisionam-nos na falta de novas soluções e de uma maneira mais optimista de olhar a vida.
Mas, procuramos responder, de forma heróica, a todos os desafios da vida.

Para que tal aconteça com a maior qualidade possível, preparamo-nos. Vamos ao médico para enfrentar o trabalho, tomamos fortificantes, solicitamos ansiolíticos, atiramo-nos às actividades desportivas, compramos massagens, retomamos as consultas dos psicólogos e fazemos um check-up de saúde para que nada de mal nos aconteça!

Cheios de pressão (stress), desenvolvemos as nossas rotinas, sacrificamos o corpo – e, por vezes, as relações – para aumentar a produtividade. Esquecemo-nos de parar, reflectimos pouco. Não meditamos o suficiente. Não buscamos alternativas saudáveis e sustentáveis. Mantemos os hábitos do dia-a-dia.

Trocamos dinheiro por saúde, acreditamos que, assim, viveremos mais tempo e seremos mais felizes. As pes­soas e empresas que operam nesta á­reas aumentam o seu valor. O orçamento do Estado comparticipa parte desta economia. Todos pagamos!

Mas, infelizmente, a felicidade e a estabilidade do corpo e da alma não acontecem. O que ocorre é um mecanismo de descompensação constante que inflige graves danos à saúde física e mental de cada pessoa, desgastando as suas células, degradando os elementos básicos de suporte à vida e as suas relações. Mas, graças a estes paliativos e às ambições que perseguimos, muitas vezes, não o sentimos!

Todavia, todos os danos estão lá, até que o coração pare, a hipertensão dispare, o cérebro emocional desatine. É uma bomba relógio para os seres apressados desta sociedade. Mas será uma sina? Ou cada um de nós a poderá mudar?

Dr. Álvaro Cidrais
Geógrafo e Consultor

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