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Artigo de Medicina e Saúde®

Nº 105 / Julho de 2006






54 Psiquiatria - O silêncio ensurdecedor da depressão
A depressão é um fenómeno que a muitos assusta. Não conhece credos, idades, níveis socioeconómicos ou estruturas familiares. Assenta na ideia que cada um tem do Mundo, e do próprio, e pode ser de tal forma aglutinadora que leva, em casos extremos, ao suicídio.


Muitas pessoas têm sintomas de depressão e nem sabem o que se está a passar com elas. Sentem-se mal, como que desinteressadas de tudo, com uma grande sensação de vazio e abandono em relação à realidade. A depressão esconde-se no silêncio da dor e apodera-se da vontade e do pensar de quem passa por uma situação semelhante.

Aproveitando o 1.º Encontro de Psicologia da Universidade Independente, falámos com a Dr.ª Tânia Gaspar, psicóloga clínica e docente da Universidade Lusíada, que nos referiu que «o diagnóstico da depressão deve ter sempre em linha de conta duas vertentes: o próprio paciente, a sua forma de encarar o mundo, a sua personalidade, a sua história, o seu contexto social, bem como os traços gerais desta patologia, que são transversais a todos os doentes que estão a passar por uma depressão».

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é a segunda maior causa de incapacidade a nível mundial, atingindo cerca de 121 milhões de pessoas, sendo que afecta, maioritariamente, as mulheres, chegando perto dos 10%, em detrimento de apenas 3% de homens.

«Além do próprio paciente, que está a passar pela depressão, existe, também, todo um conjunto de pes­soas que são afectadas pelo que alguém está a passar. Basta imaginarmos um dos nossos progenitores, o nosso cônjuge ou um dos nossos filhos a passar por uma depressão para, facilmente, entendermos que, além dos doentes,
nomeadamente os familiares directos também sofrem, por inerência», alerta a especialista.

Onde normalmente pode haver equívocos é no confundir tristeza com depressão. Os períodos de tristeza são algo que todos nós, ao longo da nossa vida, de uma forma ou outra, estamos preparados para encarar.

Segundo a psicóloga, «a morte de um ente querido, uma desilusão amorosa ou alguma expectativa falhada pode, e é normal que tal aconteça, levar a um período de tristeza.

Deixamos de estar tristes e passamos para a depressão quando, sumariamente, os sintomas se tornam mais acentuados e persistentes, a nossa actividade quotidiana fica afectada pelo nosso estado, isto é, quando deixamos de conseguir fazer aquilo que normalmente faríamos».

A forma que os doentes têm para superar estas situações é socorrendo-se de apoio especializado. No entanto, nem sempre esse primeiro passo é fácil de dar. Quer pelas próprias características da doença, que predispõe a uma certa inércia, quer pelo estigma que a sociedade impõe a quem procura tratamento psicológico, é frequente o doen­te ter de, além de arranjar as forças para encarar a doença, descobrir caminhos para superar o preconceito.

«Muitos doentes, através da ideia subjectiva que criam do mundo e de si mesmos, normalmente com profundos sintomas de desilusão, pessimismo e falta de esperança, chegando mesmo à ideia de suicídio, têm muitos problemas em dar o passo para procurar ajuda.

Certas vezes, pode até ser o seio familiar a não querer enfrentar que, para a cura se dar, aquele ente tem de, forçosamente, ir a um “psi” (psicólogo) e, por vezes, também um psiquiatra. Para se curar uma depressão, a primeira conquista terá de ser contra o preconceito», esclarece Tânia Gaspar.


Universidade Independente


A Universidade Independente é uma instituição de ensino existente desde 1992, que recebeu a sua homologação do Ministério da Educação em Dezembro de 1993. O seu reitor é o Prof. Luís Arouca, que está relacionado com a abertura de três universidades no nosso País: a Universidade Livre, em 1977, a Universidade Autónoma, em 1986 e, claro, a Independente.

De acordo com o reitor, «a minha equipa e eu decidimos criar a Universidade Independente porque sentimos, onde estávamos, que não havia uma ligação efectiva entre o mundo académico e a sociedade civil, o aspecto prático e os problemas do dia-a-dia. Somos defensores de um pluralismo de opiniões, mesmo que seja um conflituoso, que é preferível, a um harmonioso. Assim, sustentamos que tudo o que seja para desenvolver, criar, educar deve ser feito com um espírito de missão. É essa a base do nosso trabalho».


Texto: Rui Miguel Falé

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